domingo, 22 de maio de 2011

Pois bem...

... Estou aqui novamente, logo após a noite do fim do mundo, para dizer algo que todos já ouviram e muitos já leram, mas dane-se... Estou aqui num novo dia e cada vez mais que esta cidade não muda e que aos poucos está me "corrompendo", me deteriorando por dentro e não sei até quando vou conseguir manter meu "eu" inteiro... um beco sem saída.
 Cidade pequena demais para sonhos e pensamentos grandes, para alguém que sempre olha as estrelas e imagina os inúmeros universos que a compõem e as inúmeras vidas que pode possuir... criar meu próprio universo... falar e saber que alguém está me escutando e entendendo... e enquanto não consigo isso, continuo num masoquismo sentimental, destilando o passado em grandes doses, para matar algo dentro de mim, quem sabe para matar a mim mesmo de gota em gota para assim, me tornar parte desta porcaria toda, para ser "aceito"... mas então eu penso melhor e digo... Foda-se, eu não vou trair meus ideais, meu eu, para saciar uma cidade que se alimenta de sonhos, masca seus moradores e cospe os bagaços. E se eu for condenado a ficar solitário nesse mundo, fico sem hesitar, pois para tudo que se faz na vida tem algo bom e ruim e se for para pagar o preço... que eu pague o preços das minhas escolhas, só minhas, e colhas os frutos das minhas concepções, logo, quando encontrar a face da morte, poderei morrer feliz não por viver uma boa ou má vida, e sim, por viver a minha vida do modo como realmente quis...

" E enquanto vejo a cidade comer seus próprios restos... sorrio pelo pobres mortais se matando pelas migalhas..."

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